mobilização

Trabalhadores dos Correios de Santa Maria aderem à greve nacional

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (arquivo Diário)

Servidores dos Correios de Santa Maria aderiram à greve iniciada nesta terça-feira em todo país. Conforme o secretário geral do Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos de Santa Maria (Sintect-SMA) Ernani Silveira de Menezes, ainda não foi possível contabilizar quantos, entre os 140 trabalhadores de Santa Maria, aderiram à mobilização, já que muitos estão em casa por serem grupo de risco do novo coronavírus.  

Ainda segundo Menezes, em Santa Maria as agências funcionam de forma parcial, mas, em algumas das 190 cidades que fazem parte do sindicato, houve fechamento de agências. Os servidores protestam contra a revogação do atual acordo coletivo firmado entre a empresa e as entidades representativas, que valeria até 2021.

- A empresa obteve liminar junto ao STF (Supremo Tribunal Federal) para que o acordo tenha vigência de um ano apenas.São vários benefícios que foram construídos ao longo de 40 anos que estamos perdendo. A empresa largou várias circulares anulando esses benefícios, não é uma invenção nossa. A questão da carteira mulher, por exemplo. Pelo acordo coletivo, ela pode se afastar do trabalho aos cinco meses de gestação. Com a queda, por essa decisão do (ministro) Dias Toffoli, se a empresa quiser, ela vai ter que se manter na rua até os nove meses. A greve é por tempo indeterminado, mas a gente está esperando. Antes de sexta-feira a tendência é que não volte à normalidade _ declara o secretário.

De acordo com a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares (Fentect), a empresa retirou 70 cláusulas que garantiam direitos como os 30% do adicional de risco, vale alimentação, licença maternidade de 180 dias, auxílio creche, entre outros.

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Em função da pandemia, a orientação do sindicado é que não haja manifestações nas ruas. As mobilizações devem ficar restritas às redes sociais.

Conforme informações veiculadas no site dos Correios, com a pandemia houve queda de postagens de cartas, uma tendência que só era prevista para alguns anos e que impactou a receita dos Correios. A revogação do dissídio coletivo, de acordo com a empresa, visa assegurar a manutenção dos empregos e busca "ajustar o rol de benefícios concedidos à categoria em anos anteriores e não suprimir direitos dos empregados". Segundo os Correios, por se tratar de concessões negociadas, a repactuação ou exclusão dessas concessões não configura perda de prerrogativas legais.

A Fentect afirma que a tentativa de diálogo com a direção dos Correios vem sendo feita desde o início de julho e que a greve deve permanecer por tempo indeterminado.


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